sábado, 30 de junho de 2012

Não são boas noticias para Marvão...

De acordo com a agência Lusa:

UNESCO classifica como Património Mundial fortificações de Elvas 


A maior fortificação abaluartada do mundo, em  Elvas, foi hoje classificada como Património Mundial, pela Organização das  Nações Unidas para a Educação, Ciência eCultura (UNESCO), revelou à Agência  Lusa fonte do município.




 


As fortificações de Elvas foram classificadas, na categoria de bens culturais, ao início da tarde de hoje na 36. sessão do Comité do Património Mundial, que está reunido até 06 de julho, em São Petersburgo, na Rússia.

O conjunto de fortificações de Elvas, cuja fundação remonta ao reinado de D. Sancho II, é o maior do mundo na tipologia de fortificações abaluartadas terrestres, possuindo um perímetro de oito a dez quilómetros e uma área de 300 hectares.

As fortificações de Elvas constituíam o único monumento português entre os 33 candidatos que fazem parte da lista de Património Mundial, elaborada pela Unesco.

A fonte do município explicou à Lusa que foram classificadas todas as fortificações da cidade, os dois fortes, o de Santa Luzia, do século XVII, e o da Graça, do século XVIII, três fortins do século XIX, as três muralhas medievais e a mudalha do século XVII, além do Aqueduto da Amoreira. Classificado como Património Nacional em 1910, o Forte da Graça, monumento militar do século XVIII situado a dois quilómetros a norte da cidade de Elvas, constitui um dos símbolos máximos das fortalezas abaluartadas em zonas fronteiriças.

O Conselho Internacional dos Monumentos e Sítios (ICOMOS) já tinha dado parecer "decisivo e favorável", tendo sido provado que as fortificações da cidade alentejana "reúnem o valor universal excecional, que é o principal para que uma candidatura seja aprovada", segundo a vereadora da Cultura do município de Elvas, Elsa Grilo.

3 comentários:

Garraio disse...

E porque não são boas notícias para Marvão!?!?!?

João, disse...

As razões, em minha opinião, são várias, meu caro Garraio. Deixo aqui algumas, para reflexão e debate:

- Independentemente do valor dos “objectos” a candidatar, a UNESCO não lhe interessará, estrategicamente, ter um Património Mundial em cada esquina;

- A aprovação da Candidatura de Elvas desenvolveu-se num prazo de 3 anos. Marvão já leva 15 anos, e os promotores chegam a dizer que haverá trabalho para mais uma década;

- O Coordenador Técnico da Candidatura de Elvas é o mesmo que liderou a anterior Candidatura de Marvão; pelo que, depreendo, que o problema de Marvão não foi a nível técnico, mas sim de outra ordem, nomeadamente, de influências políticas e “lóbis”, e essa situação não se modificou em Marvão.

- Houve algumas mudanças em Marvão nos últimos anos (investimentos de cerca de 5 milhões de euros/um milhão de contos); e existe uma mudança estratégica no “objecto” a candidatar. Mas será isso suficiente?

- Apesar do actual Coordenador, ser por ti apelidado do “José Mourinho” das Candidaturas. Lembro que, nem mesmo o José Mourinho do Futebol, fez do União de Leiria campeão nacional;

- Isto do Património Mundial, como em tudo na vida, também é uma questão de dinheiro; Rondão de Almeida, admite ter gasto mais de 30 milhões de euros só em Obras! E o resto?;

- O Vereador da Cultura de Marvão tem falado sempre que a estratégia seria fazer de Marvão o vértice do quadrilátero que faltava a Cáceres, Mérida e Évora; ora esse vértice foi agora ocupado por Elvas. Eu já lhe havia sugerido que deveria começar a falar de um “pentágono”;

E outras razões existem, mas se tu não concordas, bom seria, que de uma forma cordata, as apresentasses. Eu não serei o dono da “razão”, e do debate todos sairíamos mais ricos.

kidgasosa disse...

http://jornaldenisa.blogspot.pt/2012/07/opiniao-marvao-prepara-uma-candidatura.html