segunda-feira, 30 de abril de 2012

Novidades # 10



Saber o que fazer, Com isto a acontecer, Num caso como o meu. Ter o meu amor, Para dar e pra vender, Mas sei que vou ficar, Por ter o que eu não tenho, Eu sei que vou ficar.

É de pedir aos céus, A mim, a ti e a Deus, Que eu quero ser feliz. É de pedir aos céus. Porque este amor é meu, E cedo, vou saber Que triste é viver, Que sina, ai, que amor, Já nem vou mais chorar, Gritar, ligar, voltar, A máquina parou, Deixou de tocar.

Sentir e não mentir, Amar e querer ficar, Que pena é ver-te assim, Já sem saberes de ti. Rasguei o teu perdão, Quis ser o que já fui, Eu não vou mais fugir, A viagem começou. Porque este amor é meu E cedo vou saber, Que triste é viver, Que sina, ai, que amor.

Já nem vou mais chorar, Gritar, ligar, voltar, A máquina parou.. Deixou de tocar. É de pedir aos céus, A mim, a ti e a Deus, Que eu quero é ser feliz, É de pedir aos céus. Porque este amor é teu, E eu já só vou amar, Que bom não acabou, A máquina acordou...

domingo, 29 de abril de 2012

Marvão sem passadeiras


Rua de Marvão (hoje Rua do Espírito Santo) ainda sem passadeira, portanto, antes da década de 40 (quando chegou a água canalizada à vila)

Foto cedida por José Batista e encontrada nesta magnífica colecção de postais ilustrados online, de todo o país (http://www.prof2000.pt/users/avcultur/postais/Index.htm)

Ao povo do Distrito de Portalegre



Este documento foi publicado pelo Professor Doutor António Ventura, no seu mural do facebook, com o comentário que reproduzo com a devida autorização:

"Este documento tem um significado muito especial. Foi a primeira sessão política a que assisti, com os meus 16 anos. Recordo entre os oradores o inesquecível Dr. Feliciano Falcão, o Arq. Nuno Teotónio Pereira, entre outros. Na plateia estavam umas 50 pessoas, na maior parte velhos republicanos - Jeremias da Conceição Dias, de Marvão, o decano dos jornalistas portalegrenses de então, João Diogo C...asaca, Casimiro Mourato, o Sr. Pires, que tinha uma mercearia e tinha estado deportado em 1927, Fancisco Pires, que fora demitido do Turismo, o inolvidável José Gomes, jacobino até à medula. João Silva, velho militante comunista. E alguns jovens, como Raul Pinto, que já tinha pssado pela prisºao. Como o tempo foge. Mas nessa época havia ideais..."

Do Baú # 12

sábado, 28 de abril de 2012

As vidas dos outros...

Ontem, no final da 2ª Assembleia Municipal de Marvão de 2012 , enquanto munícipe, questionei com simplicidade a anterior Vereadora que teve a responsabilidade de dirigir a 1ª Candidatura de Marvão a Património Mundial, Madalena Tavares, se se recordava do total de custos que terá importado esse Projecto; questionando, de seguida, o Vereador José Manuel Pires, que dirige o actual Projecto, sobre quais as estimativas orçamentais desta 2ª Candidatura.

Da primeira pergunta, obtive como resposta (lógica?) da inquirida, que já havia passado algum tempo e que não tinha presentes esses elementos, pelo que não me poderia esclarecer.

Logo, José Manuel Pires muito solícito e simpático, rapidamente, afirmou que poderia ajudar a Sra. Vereadora, pois o seu Pelouro havia feito algumas pesquisas, apurando um valor de cerca de 236 000 euros; em contrapartida, não respondeu à questão objectiva que a ele lhe coloquei, dizendo não ter presentes esses números!

Somos tão bons a contar: “a vida dos outros”!

 

Nota: Ficámos ainda informados que a actual Candidatura, tem até ao momento, de custos directos, 36 000 euros  gastos.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

quinta-feira, 26 de abril de 2012

I Congresso Internacional Sobre Arqueologia de Transição – Évora – Marvão


De 3 a 5 de Maio decorrerá na Universidade de Évora e em Marvão o I Congresso Internacional sobre Arqueologia de Transição: “Entre o Mundo Romano e a Idade Média”. Promovido pelo Centro de História da Arte e Investigação Artística (CHAIA) e pelo Laboratório de Arqueologia da Universidade de Évora este congresso acolherá os maiores especialistas de vários países que irão discutir as transformações ocorridos com o fim do Império Romano.

A escolha de Marvão para acolher o último dia de sessões prende-se com a presença na área do seu concelho de um assinalável conjunto de vestígios arqueológicos desse período, que em breve começarão a ser objeto de estudo, no âmbito do Projeto de Investigação Arqueologia Rural do Sever, apoiado pela Câmara Municipal de Marvão e já aprovado pelo IGESPAR.



A expressão: “do pó vieste, e ao pó voltaras”, encontra neste congresso o seu máximo sentido, pois iniciar-se-á com um painel dedicado as mudanças ocorridas entre a cidade e o campo e terminar-se-á com um painel de comunicações dedicado ao mundo dos mortos, onde se pretende explorar a forma como os nossos antepassados (já) celebravam e evidenciavam todo o mundo funerário.

No final do último dia de sessões os congressistas irão visitar alguns sítios arqueológicos da Alta-Idade-Média situados nos arredores de Marvão.

terça-feira, 24 de abril de 2012

25 de Abril em Marvão

   Uma cerimónia de “espírito pobre”, engendrada por pobres de espírito

Assisto à cerimónia oficial de comemoração do 25 de Abril em Marvão há cerca de 20 anos. Na sua organização ela foi sempre, praticamente, a mesma. Apenas com uma ligeira nuance nos últimos 5 anos, que se prende com a intervenção, de um pequeno discurso, efectuado pelos representantes dos partidos com assento na Assembleia Municipal; quando, anteriormente, apenas intervinham o Presidente da Câmara e o Presidente da Assembleia Municipal.

De resto, é sempre a mesma coisa: chegada da Banda, desfile pelas ruas principais da vila até aos Paços do Concelho, hastear da bandeira, toca o hino, discursos, distribuição de cravos (que deveria ser antes da cerimónia) e beberete.

A minha crítica a esta organização prende-se com a pobreza da sua estrutura, sempre igual e, nos últimos anos, quase sempre mal organizada: sem definição prévia de quem vai intervir, sem instalação sonora para que os intervenientes se façam ouvir, sem um simples púlpito para poisar papeis, e, tornando-se um verdadeiro calvário para quem assiste, sobretudo, para os elementos da Banda Filarmónica que ali sofrem um verdadeiro castigo, como se eles fossem os responsáveis pelo fracasso da data que se comemora.

A coisa vem-se repetindo ano após ano. No final todos criticam, mas na próxima tudo estará na mesma. Já não nos chega o falhanço quase total do projecto programático dos capitães, como temos que suportar a incompetência daqueles, a quem pagamos, para nos representarem. O que vale é que aqui Vitor Frutuoso não pode culpar ninguém de fora, como quase sempre faz. A incuria tem sido mesmo sua e dos "seus". Uma tristeza, e pobre democracia.

Quando por iniciativa minha, do Sr. Ribeiro e do Manuel Joaquim Gaio, propusemos esta intervenção dos representantes da Assembleia Municipal (não faz sentido que seja alguém que não pertença ao Órgão como vem fazendo o Partido Socialista), não foi para ser desta maneira, apenas para cumprir calendário e dizer umas baboseiras. Mas que tal se fizesse numa Sessão Solene, no Salão Nobre ou na Casa da Cultura, com as pessoas bem aconchegadas, onde os seus representantes dessem conta acerca da sua visão da data, e, de como cada um dava contas aos munícipes eleitores. Esta estrutura passa-se assim em quase todos os Municípios que conheço, mas parece que em Marvão, o sentido organizativo faz ricochete nas muralhas que rodeiam o burgo.

Isto para não falar, certamente, mais uma vez, na ausência voluntária daquele que deveria ser o responsável máximo por estas Comemorações: o presidente da Assembleia Municipal. O sr. José Luís Catarino tem o direito, pessoalmente, de pensar do 25 de Abril o que quiser (como expressou na última AM); mas enquanto Presidente do Órgão mais representativo dos marvanenses, só tem é que os representar de acordo com o Regimento da Assembleia Municipal. Ao não o fazer, e consecutivamente, está a desrespeitar aqueles que o elegeram. Vai uma apostinha como amanhã vai faltar outra vez...

Recordar é Viver e, reflectir é aprender: Coisas do "meu" 25 de Abril


Este Post revê 3 estratos das minhas intervenções como Membro da Assembleia Municipal de Marvão, nos anos de 2008, 2009 e 2010 em que tive o privilégio de representar o PSD nas cerimónias comemorativas desta data.

Talvez que passados alguns anos melhor se compreendam alguns dos assuntos para que chamei a atenção na altura.

25/4/2008: Sobre o estado da democracia portuguesa:

“- Que raio de democracia é esta, que permite as balbúrdias constantes nas escolas com faltas de respeito e agressões dos discípulos para com os seus mestres?

- Que raio de democracia é esta, que só condena os mais fracos e deixa os poderosos escapar pelas malhas de um sistema de justiça inoperante?

- Que raio de democracia é esta, que num dia faz eleições para escolher os seus representantes e no dia seguinte, os eleitos, são derrubados pelos “barões”, em “feiras de vaidades” vergonhosas?

- Que raio de democracia é esta, que concentra todos os seus recursos no Litoral e abandona, sem solidariedade, os que vivem no interior, só porque são poucos e sem poder para influenciar?

- Que raio de democracia é esta, que permite com frequência a gestores, que um dia são públicos, no dia seguinte são privados e gestores dos “negócios”, que fizeram quando eram públicos?

- Que raio de democracia é esta, que permite que alguns (os mandantes) trabalhem apenas meia dúzia de anos e se aposentem com reformas milionárias; enquanto outros, têm que trabalhar até ao dia da morte?

- Que raio de democracia é esta, que persegue os contribuintes de baixos rendimentos, para liquidarem os seu poucos proveitos; e isenta desses deveres, aqueles que têm lucros fabulosos, vivendo à “grande e à francesa”, como descendentes de Junot ou Masséna?

- Que raio de democracia é esta, que cria uma “polícia de guerra”(ASAE) para reprimir os usos e costumes de um povo; e fecha os olhos, à entrada de produtos dos grandes grupos económicos internacionais, alguns bem mais lesivos para a saúde pública que os nossos produtos tradicionais?

- Que raio de democracia é esta, que permite uma comunicação social, sem ética e sem regras, seja o maior poder e que comande a política de um país, trinta e quatro anos após o dia de início do sistema democrático?

Fernando Pessoa disse um dia: Senhor, falta cumprir-se Portugal…

Também hoje, com propriedade, convém afirmar:

Minhas senhoras e meus senhores FALTA CUMPRIR O D DA DEMOCRACIA EM PORTUGAL. É URGENTE QUE O FAÇAMOS.”


25/4/2009: Sobre os partidos políticos e a sua democraticidade no concelho de Marvão

“Este ano quero centralizar o tema: - dos partidos políticos e a sua democraticidade, na nossa terra e no nosso concelho, por me parecer actual, face alguns sinais e sintomas que também aqui perduram na falta de concretização e evolução democrática.

E nada melhor, talvez, que olharmos para dentro de nós e reflectirmos, sobre a qualidade da nossa Democracia e, sobretudo sobre a democraticidade dos nossos comportamentos, enquanto membros da comunidade marvanense.

Os regimes democráticos são caracterizados por possuírem diversos Partidos Políticos, enquanto organizações de direito privado que, no sentido moderno da palavra, pode ser definido como “uma união voluntária de cidadãos com afinidades ideológicas e políticas, organizado e com disciplina, visando a disputa do poder político”.

Em Portugal, desde 1974, o exercício do poder esteve centrado na acção dos Partidos Políticos, que de uma maneira geral, ocuparam todo espectro ideológico. A maioria destes partidos basearam a sua estrutura interna, com ligeiras diferenças, na organização do Partido Comunista Português, enquanto único partido organizado nessa época, de onde saíram uma grande parte dos dirigentes dos outros partidos então criados, mas que aí haviam feito a sua aprendizagem política.

Também em Marvão, a acção desta organização social de conquista do poder, tem predominado ao longo destes 35 anos. E, apesar de apenas 2 Partidos terem passado pelo exercício do poder local (PS e PSD), todos os outros partidos têm concorrido aos diversos actos eleitorais e aí participado.

Então, porque será que num concelho com menos de 4 000 habitantes começam a aparecer tantas associações de Independentes de alternativa aos Partidos Políticos, prevendo-se 6 Candidaturas às próximas eleições autárquicas?

É claro que sabemos e, concordamos, que o exercício da democracia não se esgota na acção dos Partidos e nada nos move contra tal facto, e, que o aparecimento de organizações voluntárias de cidadãos, fora dos Partidos, poderá fortalecer o exercício da democracia.

Mas a reflexão que aqui quero trazer, é sobre o porquê de tal fenómeno. Quando a maioria dessas pessoas (sobretudo os seus líderes), já estiveram anteriormente envolvidas em organizações partidárias.

Urge então reflectir:

- Serão nos dias de hoje os Partidos Políticos portugueses, organizações de valores e princípios democráticos, onde o diálogo, o debate e o respeito pelas maiorias, são práticas correntes?

Ou serão apenas meras correias de transmissão para a promoção daqueles que atingem o seu controlo, que os usam como meros produtos de consumo de “usar e deitar fora”, a exemplo do que fazia o Partido da União Nacional de Salazar e Caetano?

- Serão hoje os Partidos Políticos portugueses, organizações que se apoiam e aconselham os Executivos no Poder, ou onde as Oposições planeiam projectos alternativos que colmatem deficiências dos governantes?

Ou serão meras organizações onde se discute a melhor forma de eliminar quem não seja um “beija-mão”, para que o caminho fique livre à reinação dos “Caudilhos”, e trate da distribuição de “tachos” pelos amigos, a exemplo dos Legionários do antigo regime?

- Serão hoje os Partidos Políticos portugueses, um espaço de aprendizagem política para as novas gerações jovens, que terão responsabilidades de governação no futuro?

Ou serão organizações envelhecidas e fechadas, com os mesmos dirigentes de há 30 anos, que se seguram às cordas do poder como náufragos, para manterem privilégios para si e para os “seus”, como se de “chefes de castelo” se tratassem da antiga Mocidade Portuguesa?

Se assim é, estaremos em presença de uma “Democracia” nada Democratizada, que urge SUBSTITUIR. Seja através de novos modelos de organização política, quer seja através de outro 25 de Abril!”


25/4/2010: Três cancros em evolução na sociedade portuguesa: O Medo, A Falta de Solidariedade e a Desorganização

"Hoje, 25 de Abril de 2010, gostava de partilhar convosco mais três preocupações que invadem a sociedade portuguesa e marvanense, e que o 25 de Abril, 36 anos depois, não soube ou não pôde ainda resolver.

Em primeiro lugar o MEDO.

O medo que durante 50 anos do anterior regime nos acompanhou (para não ir mais atrás), e que pensávamos condenado com a revolução de Abril, está por aí instalado com a mesma força, ou mais, na sociedade portuguesa, embora com novas variáveis.

Hoje o MEDO social não é extrínseco, como o que tínhamos da polícia política, dos “bufos” da Legião, de Caxias, do Aljube, do Tarrafal, ou do exílio. Hoje o MEDO é intrínseco, sem rosto mas com ouvidos; um MEDO que não sabemos de quê, nem de quem, mas que nos persegue, sufoca e quase nos tira o direito de EXISTIR.

Vivemos numa sociedade acrítica, inibidos de nos pronunciarmos, de investirmos, de nos associarmos. Somos cultivados para nos calarmos, para nos fecharmos nas nossas “casas subsidiadas” em frente às “caixinhas mágicas”, que nos servem tudo enlatado por uns “senhores” que tratam da nossa “felicidade” imaginária:

- Vemos os golos dos outros e, pensamos que são os nossos;

- Vemos as casas tipo mansões dos outros e, pensamos que são as nossas;

- Vemos os desgostos dos outros e, pensamos que são os nossos;

- Choramos pelos outros e, no nosso âmago, choramos afinal, por nós próprios;

Mas cá no fundo mina a não realização, o mal-estar, a inquietação e, mesmo a revolta. E uma sociedade de MEDO é uma sociedade que não convive, que não troca ideias, que apenas fala em surdina, que não investe, que não corre riscos e, consequentemente, não progride.

O MEDO é um dos cancros sociais em Portugal que urge extirpar, e cabe-nos a todos começar a prevenir que o “bicho”, um dia destes, se desamarre e se revolte de dentro de nós, com consequências imprevisíveis.

Em segundo lugar a SOLIDARIEDADE de dois sentidos

Vivemos tempos difíceis, de mudanças sociais bruscas, de insegurança. E não me refiro à segurança física, refiro-me à insegurança no emprego e nos negócios, onde aqueles que num dia se sentem seguros e estáveis, quer empresarialmente quer pessoalmente, no dia seguinte, as coisas mudam por decisão “dos homens sem rosto”, e, o cidadão fica sem nada e sem meios de subsistência.

Vivendo num Estado social, como se diz o nosso, é justo que a sociedade tenha mecanismos e ferramentas para ajudar temporariamente essas pessoas, quer através de fundos de desemprego, quer mesmo através de outras formas, como são os rendimentos mínimos, ou rendimentos sociais de reinserção, para que essas pessoas possam continuar integradas na sociedade até encontrarem novas oportunidades. Em Portugal as pessoas que actualmente beneficiam destes apoios sociais rondam o meio milhão, e a sociedade tem cumprido para com eles a sua SOLIDARIDADE.

No entanto, nem sempre este termo parece ter dois sentidos como seria exigível. E se as pessoas beneficiam dessa ajuda, parece justo, que a retribuam com o seu trabalho nas autarquias, nos organismos públicos, nas instituições de solidariedade social, ou mesmo nas empresas, porque não? E dêem o seu TRIBUTO SOCIAL, retribuindo à sociedade aquilo que esta lhes concede.

Penso que Portugal não está em posição de desperdiçar a contribuição na criação de riqueza de 5% da sua população, mesmo que se aplique o princípio que ensinou a minha mãe: “… o que o menino faz é pouco, mas quem o perde é louco”.

Em terceiro lugar a DESORGANIZAÇÃO E O DESPERDÍCIO

Estima-se que Portugal desperdice, em cada ano, cerca de 15% da riqueza produzida. Ou dito de outro modo, 15% das despesas poderiam ser evitadas mantendo a mesma qualidade de vida dos portugueses.

Como é possível que um país, onde cada português, já deve ao exterior cerca de 18 000 euros; em que nos últimos 10 anos a divida pública ao exterior aumentou, em média 10% ao ano; que tem um deficit orçamental interno a rondar os 10%, se possa dar ao luxo de ter tamanho DESPERDÍCIO, continuando a fazer vida de rico, quando o que tem, já mal dá para “mandar cantar um cego”?

A resposta é só uma: DESORGANIZAÇÃO, pela qual todos nós somos responsáveis.

Dois pequenos exemplos locais e que têm a ver com a comunidade marvanense, no que toca a custos autárquicos de Despesas Correntes, e que talvez pudéssemos evitar.

No ano de 2009, a CM de Marvão, isto é todos nós, pagou à EDP do sr. Mexia, cerca de 27% de todos os custos com electricidade consumida no concelho, esse valor foi aproximadamente de 230 000 euros.

Tomemos como exercício académico, que a CM Marvão se propunha poupar 15% destas despesas! Bastaria, talvez, ligar e desligar a iluminação pública com 1 hora de diferença à noite e pela manhã e anular alguns pontos de luz inúteis, tanto nas povoações como fora delas (o que certamente ninguém notaria e o ambiente agradeceria), e estaríamos a falar de uma poupança de 35 000 euros anuais.

Segundo exemplo: a CM de Marvão teve “custos directos” com os seus titulares de órgãos de soberania e membros de órgãos autárquicos entre 2006 e 2008 com o executivo PSD, uma despesa média que rondou os 75 000 euros/ano, diminuindo em relação aos últimos anos do anterior executivo do PS cerca de 15 000 euros/ano, e bem.

No entanto, em 2009, esses custos já foram de cerca de 87 000 euros; e em 2010 os custos com esse pessoal ultrapassarão, certamente, os 100 000 euros, o que onerará os custos, no mínimo, em mais 25 000 euros/ano, em relação aos seus primeiros anos de governação.

As duas rubricas somadas perfazem 60 000 euros.

Questiono: Serão estes custos indispensáveis ao funcionamento da nossa autarquia? Seria possível poupar, ou investir, em outras rubricas que contribuíssem para a melhoria da qualidade de vida dos marvanenses?

Já agora, isto dividido por cerca de 4 000 marvanenses daria 15 euros de poupança a cada, e multiplicados por dez milhões de portugueses, daria a módica quantia de 150. 000.000. Será que isto servia para alguma coisa?

Resposta: Daria para governar 30 autarquias como Marvão durante um ano, por exemplo.

AS IDEIAS FORAM SEMEADAS, SE DERAM FRUTOS? NÃO SEI! VOLTO AQUI A REMETELAS...

Comemorar Abril...

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Crise? Qual Crise? Viva a Festa (Brava)...

Santo António das Areias 21-4-2012, cerca de 1 500 aficionados assistem a Festival Taurino.




Fotos retiradas daqui

domingo, 22 de abril de 2012

Recordar é viver # 1

Onde andará a minha DV - 19 - 01? Que "ganda" máquina!!!

Caminhada pelas calçadas romanas de Marvão


O Centro Cultural de Marvão e a Maruam - Associação de Jovens têm o prazer de vos convidar a participar na Caminhada pelas Calçadas Romanas de Marvão (segue programa em anexo).

Com um percurso cuidadosamente escolhido para proporcionar uma saudável caminha na manha de Domingo, 29 de Abril de 2012. Após a caminhada, haverá lugar a um beberete convívio para todos os participantes e população. Uma experiência única pelas Encostas de Marvão... Junte-se a NÓS!!!

Inscrições: Telf.: 963 112 159 E-mail: maruamaj@gmail.com

Uma Organização Conjunta: Centro Cultural de Marvão Maruam - Associação de Jovens
Com o Apoio: Município de Marvão Junta de Freguesia de Santa Maria de Marvão

sexta-feira, 20 de abril de 2012

A não perder!

Pedradas no charco...



Entre 1995 e 1996 um Presidente da Câmara Municipal de Marvão (eleito pelo Partido Socialista), teve uma espécie de agouro ou visão ou, como diz o povo, “um espírito santo de orelha” e decidiu que, sendo Marvão um sítio bonito, quiçá até original em Portugal, o poderia internacionalizar através de uma candidatura a património da humanidade tão em voga por essa época. Assim o cogitou e assim o fez.

Os resultados são aqueles que todos sabemos. Em 2006, já com outro Presidente, eleito agora pelo Partido Social Democrata (PSD) a ocupar a cadeira do poder, e para que não se visse essa candidatura passar pela desonra de ser chumbada pela Unesco, decidiu-se, habilmente, pela sua retirada. As argumentações para o possível chumbo foram diversas e a gosto dos justificantes.

No entanto, o que ficou dessa candidatura, para além de alguma divulgação e publicidade externa de Marvão foram custos e despesas, talvez exageradas nunca contabilizadas ou divulgadas para um pequeno município que vive das receitas do Orçamento Geral do Estado que talvez devesse pensar noutras prioridades, sem que alguém tenha assumido a responsabilidade do fracasso e, muito menos, pelos custos de tal aventura.

Entre 1996 e 2006 (período da anterior candidatura), eu acompanhei por dentro a vida PSD, sei perfeitamente aquilo que pensavam alguns dos actuais dirigentes executivos sobre esse Projecto, que apenas o não manifestaram publicamente e em programas eleitorais por não parecer, na altura, estrategicamente vantajoso. Mas posso assegurar que, tal candidatura, era tudo menos o ser considerada importante e muito menos estruturante para o concelho, ao contrário do que pensavam os políticos promotores.

Foi assim, com muita surpresa, que em 2011 vi os actuais dirigentes do executivo abraçarem de novo um Projecto de Candidatura de Marvão a Património Mundial, sobre a qual, anteriormente, manifestavam imensas dúvidas. O que prova, mais uma vez, que em política, o que ontem era mentira, hoje já pode ser verdade, desde que sejamos nós a conduzir o desígnio.

Quanto a mim, tenho as maiores dúvidas sobre o êxito deste Projecto, já que anualmente apenas é aceite uma candidatura por país e, Marvão é muito “pequenino” para se impor no panorama nacional, onde candidaturas idênticas brotam como cogumelos.

Não quero dizer com estes argumentos que Marvão não possui características de beleza e singularidade que deveriam merecer tal distinção. O que quero defender é de que será muito difícil, ou mesmo muito pouco provável que tal venha a ser reconhecido, por mais que algum “maltês” disso nos queira convencer. Sejamos realistas e não andemos a desbaratar recursos, certamente, essenciais para outras prioridades.

Por agora vou aqui deixar algumas questões, num debate que deveria ser público e abrangente (que o Presidente diz que existe) e que mereceriam ser tidas em conta, já que se o Projecto falhar, os rostos daqueles que enveredaram por mais esta aventura, terão que nos prestar contas, pois numa qualquer um cai; em duas é preciso ter pouco tino, ou interesses particulares!

Aqui ficam pois as dúvidas que me assaltam:

- Quem assume a paternidade do actual Projecto: Vítor Frutuoso, José Manuel Pires, Francisco Ramos? O Ray (rei), não é de certeza, porque apenas veio passar umas férias à Pousada...

- Este Projecto nasceu de uma necessidade colectiva manifestada pelos marvanenses, ou da cabeça de qualquer iluminado que gosta de aparecer nos “media”?

- Porque não se envolve a população marvanense neste Projecto, e continuamos a ver apenas meia dúzia de elementos da elite nas sessões desta candidatura?

- Porque não se envolvem os concelhos limítrofes neste Projecto, já que os benefícios do êxito de uma candidatura destas seriam de toda a Região, quer portugueses ou mesmo espanhóis?

- Qual é o orçamento deste Projecto? De onde virá o dinheiro? E qual o impacto do custo benefício?

- Quem irá na altura da decisão prestar contas, já que duvido que os promotores deste Projecto, na altura da decisão, ainda por cá andem para serem responsabilizados? Já no passado assim sucedeu!

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Novidades # 10



Sábado à noite não sou tão só
Somente só
A sós contigo assim
E sei dos teus erros
Os meus e os teus
Os teus e os meus amores que não conheci
Parasse a vida
Um passo atrás
Quis-me capaz
Dos erros renascer em ti
E se inventado, o teu sorriso for
Fui inventor
Criei o paraíso assim
Algo me diz que há mais amor aqui
Lá fora só menti
Eu já fui de cool por aí
Somente só, só minto só
Hei-de te amar, ou então hei-de chorar por ti
Mesmo assim, quero ver te sorrir...
E se perder vou tentar esquecer-me de vez, conto até três
Se quiser ser feliz...
Se há tulipas
No teu jardim
Serei o chão e a água que da chuva cai
Para te fazer crescer em flor, tão viva a cor
Meu amor eu sou tudo aqui...
Sábado à noite não sou tão só
Somente só
A sós contigo assim
Não sou tão só, somente só

São Marcos 2012

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Vamos a contas: Entrevista de Vitor Frutuoso ao Jornal Alto Alentejo

O Jornal Alto Alentejo publica hoje uma grande entrevista de Vítor Frutuoso, Presidente da Câmara Municipal de Marvão, onde este aborda a situação do concelho.

Vítor Frutuoso, num balanço de 2 Mandatos aborda nesta entrevista diversos temas, dos quais destaco:

- Política de desenvolvimento económico do concelho (Habitação, emprego, eventos, etc.)
- Balanço dos Projectos executados
- Perigo de extinção do concelho
- Desempenho da Oposição e algumas contestações
- Futuros Projectos
- Situação financeira do município e sua independência
- Nova Candidatura a Património Mundial
- Parcerias com as Associações do concelho
- Impasse do Campo de Golfe e Aldeamento
- As célebres vedações e os projectos “duvidosos” para esses terrenos

Por fim Vítor Frutuoso deixa a certeza que se irá candidatar a um 3º Mandato à CM de Marvão.

Espera-se com esta Entrevista/Ponto de Situação, que exista alguma reacção por parte da Oposição (se é que ela existe), e que venha concordar ou contrapor Vitor Frutuoso.

Aqui deixo a Entrevista, num “trabalho de recortes” muito aplicado e esforçado, espero que dê para ler! Se quiserem a coisa na íntegra, comprem o Jornal.



(Para ler clicar em cima das imagens com botão do lado direito do "rato" e abrir "Hiperligação")

Novidades # 9

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Estóreas de contrabando: O Palindro

Em tempos, já por aqui andei a narrar pequenas estórias sobre contrabando e contrabandistas, que me chegaram por relatos que fui ouvindo durante a minha infância. A maioria deles pelo meu pai, quando ao canto da chaminé relembrava com os amigos de aventura e entre dois copos de aguardente, episódios vividos ao longo da sua experiência de contrabandista.

Ontem, durante o percurso da IV Rota do Contrabando, enquanto percorria alguns desses trilhos e veredas, então usados nessas actividades no passado, ao deparar-me com uma pequena manada de vacas que por ali pastavam descansadamente, veio-me à memória uma dessas estóreas, talvez uma das mais fabulosas que ouvi, pela voz do seu protagonista de nome José Rosado, que todos conhecíamos por Zé Passarito, mas que o meu pai tratava sempre pelo “Palindro”, vá lá saber-se porquê!

O “Palindro” era uma dessas personagens prodigiosas, capazes de inventar duas intrujices em cada frase que proferisse, fazendo-se acreditar por quem o ouvisse e, o mais impressionante era que ele próprio parecia chegar ao ponto de acreditar nas suas próprias patranhas.

Num serão, desses inícios de noite frios e pachorrentos, dizia o “Palindro” para o meu pai:

- Oh Manel, bota aí mais uma branquinha que vou-te contar uma que nunca te contei. Numa noite em que eu e mais sete camaradas íamos levar umas cargas de café à Fontanheira, ali numa tapada da Ramila eis que, de repente, nos aparece por detrás duma giesta, uma magana de uma vaca enorme, preta como noite, a investir direita a nós! Olha, só tive tempo de bradar aos outros camaradas, que o melhor era a gente, entre todos, agarrá-la, antes que ela escangalhasse o primeiro que apanhasse. Assim aventei e assim o fizemos. Largámos as “carguitas” do café, e, entre todos, lá segurámos o bicho. Claro que, comigo a ir à córnea!
Só que após termos a sorte terminada, começámos a pensar. E agora? Quando a largarmos ela vai apanhar pelo menos um, e, duma valente “sova” esse não se vai safar!
Foi então que eu me lembrei de dizer para o “Pingas”, que estava no lombo da bicha:
- Eh pá dá aí uma pedra! Assim que apanhei o calhau nas unhas dei com ele num dos olhos da vaca, e, enquanto ela ficou a coçar o olho, nós agarrámos no café, e fugimos todos!

O meu pai já conhecedor do que a “casa” gastava, ainda lhe respondeu:
- Oh Palindro, isso foi mesmo assim?

Claro que o Palindro não se desmanchou e logo contrapôs, que era tão verdadinha como ele se chamar Zé Passarito! E que, se desconfiava, perguntasse ao seu cunhado Julião Pena, que também ia no grupo.

Só que o Mané Bugalhão conhecia bem a manhosice desses dois, e jamais arriscaria tal pergunta ao cunhado do Vale Carvão, cuja resposta ele já conhecia de ginjeira:

- Pois, pois, Manel, hum, hum..., esse” passarito” é mesmo danado para estóreas...

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Nova Candidatura de Marvão a Património Mundial

De acordo com a Rádio Portalegre a Candidatura de Marvão a Património da Humanidade deverá ser entregue à UNESCO em 2013 - Ray Bondin




"O Embaixador Ray Bondin, coordenador do dossier de candidatura de Marvão a Património Mundial apontou hoje o ano de 2013 para a entrega do documento à UNESCO.

Em declarações exclusivas à Rádio Portalegre, Ray Bondin, afirmou que se trata de uma “candidatura forte” e que Marvão tem condições para ser eleito Património da Humanidade.

O município de Marvão avançou com uma candidatura a Património da Humanidade, pela UNESCO, em 1996, mas acabou por retirá-la 10 anos depois, na sequência de um parecer negativo, para evitar que fosse anulada.

Em fevereiro do ano passado o município decidiu iniciar um novo processo de candidatura, sob a coordenação de Ray Bondin, embaixador de Malta na UNESCO e presidente do Comité Internacional das Cidades Históricas (CIVVIH), organismo integrado no Conselho Mundial de Monumentos e Sítios (ICOMOS).

Conquistada aos Mouros por D. Afonso Henriques, Marvão recebeu o primeiro foral, concedido por D. Sancho II, em 1226.

A sua importância como centro militar foi testada nos séculos XII e XIII e mais tarde serviu de "sentinela" atenta às disputas territoriais com Castela.

Do seu vasto património cultural consta o castelo (Monumento Nacional), uma importante e imponente obra da arquitetura militar, cuja atual configuração remonta, em grande parte, ao reinado de D. Dinís.

Realce também para a Rua do Espírito Santo (Antiga Rua Direita), onde ainda se conserva a casa do Governador, além dos ferros forjados em destaque nos varandins graníticos.

A Igreja do Espírito Santo, com um portal renascentista e uma janela Manuelina, e o Pelourinho do século XVI (Imóvel de Interesse Público) fazem igualmente parte do património local, tal como o Convento de N. S. da Estrela, por onde passou a ordem dos Franciscanos."

III Torneio de Judo de Marvão



quinta-feira, 12 de abril de 2012

Fui Contrabandista....

Simulacro na Escola da Portagem







De acordo com os responsáveis envolvidos no simulacro de incêndio, todos os objectivos preconizados foram atingidos com êxito. Foi não só testado o Plano de Emergência Interno da Escola assim com a operacionalidade dos Bombeiros de Marvão.

Deixamos algumas fotos para ilustrar o exercício.

Bibliotecas e Arquivos à deriva...

O mundo dos outros...

1 - Transparêcia na política

Hoje fui surpreendido pela blogosfera regional, ao deparar-me, com esta iniciativa democrática de divulgação pública da vida política local, no caso uma Reunião do Órgão Executivo do Município de Arronches. A bem da transparência, como exemplo e para vosso conhecimento aqui deixo este vídeo.

Que pena em Marvão as coisas não se passarem assim!



2 - Convívio de Velhas Guardas


Do Facebook das Velhas Guardas de São Mamede recolhemos o seguinte artigo:

"Sábado dia 7 de Abril de 2012, sábado de Páscoa deslocámo-nos a S. António das Areias para defrontarmos os veteranos do GD Arenense, num excelente relvado sintético e com uma paisagem magnífica disputou-se um excelente jogo para veteranos foi um jogo em que as defesas se suplantaram aos ataques.

Foi um jogo bem disputado pela nossa equipa, já que teve que defrontar uma equipa aguerrida e que na segunda parte introduziu elementos mais novos com alguma rodagem de distrital, o que leva a pelo menos a estarem melhor fisicamente que nós. Mas a garra com que temos jogado nos últimos jogos e a boa circulação de bola que fazemos leva a que façamos um futebol vistoso para veteranos, em que o que gira é a bola fazendo com o cansaço não apareça tão cedo. Apesar de algo desfalcados, empatámos 1-1 com muito espírito de equipa e de sacrifício.

Com uma arbitragem um “bocadinho” caseira por parte do árbitro mas que se perdoa porque na primeira liga acabamos por ver bem piores.

Estiveram presentes neste convívio: Beto, Rogério, Boto, Adriano, Paulo Dias, Valério (Cap.),Marco Rufo, Luís Barreto, Cissé, Nuno Oliveira, Kevin, Ernesto, Caixeiro, Amaral e Hélder Silva.
Resultado final: 1-1 (Rogério).

Na 3ª parte mais uma vez fomos excelentemente servidos no “Restaurante pau de Canela”, foi um agradável convívio como é apanágio com os veteranos do GD Arenense já que é uma equipa que além de saber receber tem um bom espírito de veteranismo.

Esperemos que seja um convívio a manter ao longo dos anos já que o comportamento entre as duas equipas tem sido de autêntica amizade.
Até ao próximo jogo.

Valério Gandum"


Como adicional a esta crónica aqui ficam os nomes dos “craques” do GDA

1ª Parte:
Luís Roque; Bonacho, Zé Vaz, Barradas, Zé Luís, Filipe Guedelha, Chaparro, Ginja Dias, Luís Reis, Rui Delgado, Rui Felino

2ª Parte:
Luís Roque; Vítor Silva, Barradas, Nuno Costa, Mário Farto; Filipe Guedelha, Mário Cardoso, Delgado, Luís Costa, Zé Domingos; e Pedro Graça.

Treinador: Fernando Bonito